Biossegurança na odontologia: o que é e sua importância

A biossegurança na odontologia é um tema de grande importância no dia a dia dos consultórios, pois ela não só protege o cirurgião-dentista contra os possíveis riscos da profissão como, também, garante a saúde e bem-estar dos pacientes, auxiliares de saúde bucal e toda a equipe de trabalho envolvida nos procedimentos.

É graças a essas práticas que evitamos a disseminação de diferentes doenças infectocontagiosas no consultório, por meio de diferentes manobras e procedimentos realizados para a proteção e limpeza do local.

Além disso, a biossegurança também é essencial para garantir uma prática segura no dia a dia do consultório odontológico, assim como permitir o correto funcionamento do estabelecimento. Deseja saber mais sobre? Continue a leitura e conheça o que é mais importante no tema!

O que é a biossegurança em Odontologia?

Segundo a definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA, a biossegurança na odontologia é um conjunto de diferentes práticas e ações que tem como principais objetivos a prevenção, o controle, a redução e a eliminação dos diferentes tipos de riscos presentes em diferentes atividades da prática odontológica, que podem causar danos a saúde humana ou ao meio ambiente.

Essa prática é utilizada para evitar quaisquer acidentes de trabalho, assim como riscos biológicos, proliferação e a contaminação do profissional ou do paciente por vírus, bactérias e fungos. Os quais são responsáveis por causar doenças, como a Tuberculose, COVID, Hepatite, Influenza ou, até mesmo, a AIDS.

As tarefas realizadas dentro da biossegurança envolvem desde atividades relacionadas à imunização dos envolvidos na rotina dos consultórios, até ao uso adequado dos equipamentos de proteção individual e correto descarte de todos os resíduos após o atendimento odontológico. 

Quais são as medidas de biossegurança odontológica?

O cirurgião-dentista deve estar responsável por realizar diferentes procedimentos diários para garantir a sua segurança e a de seus pacientes. De uma forma bem ampla, devem ser realizadas atividades como higienização do consultório, esterilização dos instrumentais, uso correto de máscara, gorro e outros EPIs, assim como também a devida imunização do operador.

Quais são as medidas de biossegurança odontológica?

A ANVISA sempre está presente para fiscalizar e orientar os consultórios, para garantir a manutenção de uma boa biossegurança na odontologia. Em sua última resolução, podemos ver medidas necessárias, como o correto descarte dos resíduos odontológicos, classificados em 5 graus de risco.

Qual é a importância dessa biossegurança?

Atualmente, sabemos que as clínicas odontológicas são um dos locais com maior risco de contaminação da área da saúde por conta de agentes biológicos, disseminados pelos aerossóis.

E, quando o procedimento exige o uso de perfurocortantes, o risco dobra devido aos acidentes que podem acontecer durante o atendimento, simplesmente pelo contato com o sangue do paciente.

Quais são as boas práticas de biossegurança no consultório?

Já sabemos o que seria a definição de biossegurança odontológica e o quanto ela se mostra útil e necessária no dia a dia clínico. Mas, quais são as práticas a serem realizadas diariamente para que o atendimento seja feito da forma mais segura possível? Vejamos:

Higienizar os instrumentais e o ambiente

Durante qualquer procedimento dentro da odontologia geramos inúmeros resíduos para o ambiente através dos aerossóis, onde diferentes secreções e microrganismos espalham-se no ar. 

Higienizar os instrumentais e o ambiente

Para prevenir o cirurgião-dentista e o paciente contra a contaminação cruzada, a limpeza adequada do equipamento e do consultório devem ser feitas entre cada consulta. Assim como também os instrumentais devem ser devidamente limpos, higienizados e esterilizados para os próximos atendimentos.

Utilizar os EPIs

Indispensável no dia a dia de qualquer consultório odontológico, o cirurgião-dentista deverá sempre usar, em cada atendimento, gorros descartáveis, óculos de proteção, máscara que tenha duplo filtro e proteja tanto o nariz como a boca, aventais, calçados fechados e luvas descartáveis para proteção contra secreções, produtos ou aerossóis.

Quando são utilizados corretamente, os EPIs são as principais barreiras físicas e mecânicas que permitem a proteção do operador contra todos os diferentes microrganismos presentes no consultório.

Realizar a correta assepsia das mãos

Que as luvas descartáveis são obrigatórias na prática de qualquer procedimento odontológico, a gente já sabe! Mas, a higienização correta das mãos também é uma atividade fundamental para manter a biossegurança. 

Geralmente, essa higienização é feita com Clorexidina 0,12% ou, então, com sabão neutro e deve ser realizada sem nenhum acessório nos dedos, nas mãos ou nos punhos, tais como relógios, anéis e pulseiras.

Vacinação em dia

Manter a imunização em dia por meio de uma caderneta atualizada de vacinas é fundamental, principalmente porque os profissionais da saúde apresentam grande risco de contraírem doenças infectocontagiosas.

De acordo com as informações da ANVISA, as imunizações mais importantes para a biossegurança são contra a Influenza, Hepatite B, Tétano, e Tríplice Viral. Por mais que muitos já sejam imunizados na infância, é sempre importante verificar a caderneta de vacinação e ver se está ou não em dia.

Correto descarte de resíduos odontológicos

Todos os resíduos hospitalares, assim como aqueles de clínicas, são considerados lixo hospitalar, com risco de contaminação externa. Por isso, é fundamental ter no consultório um lixo acionado por pedal com saco especial para esse tipo de descarte. Além disso, também é importante ter uma caixa de Descarpack para o correto descarte de perfurocortantes. 

Biossegurança na odontologia: veja a classificação das áreas!

Para uma maior organização da biossegurança na odontologia, podemos classificar as diferentes áreas de um consultório odontológico em setores, de acordo com o risco que elas apresentam para a contaminação do ambiente. Esses setores podem ser divididos em três áreas.

As áreas críticas são aquelas onde os pacientes e os profissionais são submetidos a contato com agentes biológicos que podem contaminar o ambiente. Um exemplo é a sala de atendimento ou a sala de esterilização.

Já as áreas semicríticas são aquelas em que há pouca probabilidade de contato com o agente infeccioso ou nas quais o paciente não irá entrar. Por fim, as áreas que não são críticas são aquelas que não há microrganismos infecciosos e que o paciente não tem acesso. 

E aí, conseguiu tirar suas dúvidas sobre o assunto? Acompanhe o blog da INterDENTAL e veja conteúdos novos relacionados a Odontologia toda semana por aqui!

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Autor: INterDENTAL

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