A endodontia desempenha um papel essencial para aqueles que buscam tratamentos de lesões pulpares e é considerada um segmento vital na área odontológica, contribuindo significativamente para o cuidado do sistema bucal por completo.
Apenas por meio do diagnóstico fornecido pelo profissional endodontista é possível realizar os cuidados adequados para o tratamento de traumatismos dentários e outras intervenções relacionadas a danos nos dentes, além de tratamentos mais abrangentes.
Se você tem curiosidade de saber o que faz efetivamente um endodontista e compreender em detalhes como funciona essa especialidade, o blog da INterDENTAL traz para você informações certeiras sobre essa especialidade. Acompanhe!
O que é a endodontia?
A endodontia, de forma geral, é focada em cuidar de lesões e doenças que possam surgir diretamente na polpa e na raiz do dente. Ou seja, são tratamentos feitos para a correção e ajuste de problemas causados na parte interna da dentição.
Além de cuidados focados em restaurar a estrutura interna do dente como forma de devolver saúde à boca, a endodontia também tem como ponto-chave melhorar a vitalidade da arcada dentária e a estética bucal como um todo.
Esses procedimentos são feitos pensando na preservação da dentição através de diagnósticos focados em descobrir o problema e focados em ações preventivas, prognósticas e de tratamento para garantir total integridade do dente natural e evitar a sua retirada completa.
E o que significa a palavra endodontista?
Originário do grego, o termo em si tem origem na junção das palavras “endo” e “dontia”. Em resumo, o prefixo “endo” significa “dentro” ou “interno”, enquanto o sufixo “dontia” se refere especificamente aos dentes. Na odontologia, o termo “odontologia” se refere ao segmento que é responsável pelo cuidado da parte interna dos dentes.
O que faz o endodontista?
O principal objetivo do endodontista é realizar tratamentos de canal, que envolvem a remoção da polpa dental, localizada na região interna do dente. Esses procedimentos são realizados em casos de infecção, inflamação ou necrose tecidual.
Quando a remoção da polpa é realizada, é feito o preenchimento do canal, agora um espaço vazio, com materiais próprios e direcionados para essa finalidade, como as resinas compostas. Todo esse procedimento tem como foco proteger o dente de outros problemas e também manter sua estética e funcionalidade.
Procedimentos desse tipo podem ser realizados durante uma ou mais sessões (visitas ao dentista) e tudo dependerá da gravidade da situação. Essa decisão é feita sob a perspectiva do próprio profissional que, através de exames e observação, poderá indicar o que é e qual o melhor cenário para restaurar a saúde bucal de seu paciente.
Casos assim podem ser originários de várias fontes, como traumas e lesões por pancadas, infecções graves, falta de cuidados ou mesmo doenças que podem estar relacionadas à falta de proteínas, que diminuem a resistência e a irrigação de nutrientes para os dentes.
Quais as possíveis consequências da falta de cuidados no canal?
E não é somente a preservação do dente e de sua estética, a endodontia também oferece melhoria e ajuda a evitar uma série de outros problemas relacionados, sempre pensando em cuidar e tratar da melhor forma possível. Sem os cuidados necessários, quando diagnosticadas lesões, traumas ou infecções, as principais consequências são a evolução para abscessos e maiores chances de surgimento de edemas.
Além de dores lancinantes e constantes já nos estágios iniciais, no rosto e cabeça principalmente, a evolução do quadro pode trazer a perda total do dente e afetar diretamente nos ossos da mandíbula e maxilar, aumentando as chances de surgimento de cistos intraósseos e até mesmo a reabsorção óssea.
Como são feitos os tratamentos endodônticos?
Após o diagnóstico e a confirmação de quais são os problemas encontrados na dentição, alguns procedimentos são iniciados dando seguimento ao tratamento endodôntico efetivamente. Os procedimentos endodônticos são divididos em cinco fases distintas, onde uma depende da outra, mas podendo variar de paciente para paciente dependendo de cada necessidade. Essas etapas são:
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Anestesia e abertura – nessa primeira etapa é aplicada, através de medicação, anestesia diretamente na região afetada. Após a abertura do dente, conhecida como canal, o endodontista remove a polpa dentária, seja parcial ou completamente;
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Remoção do tecido afetado – com o uso de instrumentos focados nesse tipo de tratamento, como limas especiais, todo o tecido infectado ou inflamado é retirado e o espaço higienizado por completo, onde é feita também a modelagem do espaço a fim de receber o material apropriado que será usado para o preenchimento;
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Restauração do canal – Utilizando materiais de restauração apropriados, totalmente maleáveis e biocompatíveis, eles são inseridos diretamente na cavidade, com a função de preencher e vedar a parte interna do dente;
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Reconstrução do dente – nesse caso, é colocado um material de preenchimento temporário no dente, com o objetivo de vedar a abertura realizada.. O material permanece ali até que o produto de restauração seja efetivamente utilizado. Se necessário, também podem ser inseridos pinos diretamente na raiz do dente, com o objetivo de fornecer suporte ideal para a coroa dentária;
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Acabamento da coroa – Para a finalização da restauração, resinas ou cerâmicas (a escolha irá depender do tipo de tratamento) são usadas diretamente na região da superfície do dente, onde é feita uma moldagem para recriar e trazer de volta ao dente sua aparência natural.
Quanto tempo dura um tratamento endodôntico?
Quando bem cuidado e seguindo todas as orientações profissionais, assim como o acompanhamento odontológico frequente, um tratamento endodôntico pode durar a vida toda. Escovar diariamente, usar fio-dental e consumir alimentos/bebidas saudáveis podem garantir resultados duradouros e de muito longo prazo. Ou seja, cuidar bem da sua boca é a melhor opção.
Como a tecnologia contribui para a endodontia?
Falando de forma geral, o avanço tecnológico aplicado à endodontia vem diretamente relacionado à melhoria dos equipamentos e instrumentos utilizados nos procedimentos endodônticos, o que facilita o trabalho do profissional e diminui o tempo de cada tratamento.
Com esse avanço surgiram equipamentos mais resistentes, brocas mais precisas para abertura de canais, maiores opções e variações na escolha de resinas e cerâmicas para os mais diferentes casos, instrumentos e acessórios produzidos com materiais que conseguem proteger ainda mais o paciente e o profissional.
As evoluções são diárias e, com elas, além de uma melhora significativa dos tratamentos, também surge uma nova perspectiva teórica que é estudada e levada para frente tanto em ambientes de estudo quanto nos próprios consultórios através de novas técnicas.
Descobrir se existe ou não a necessidade de um tratamento endodôntico não é uma tarefa difícil, exige apenas uma visita ao dentista. Ou seja, faça visitas periódicas ao consultório de um profissional odontológico de confiança e, em casos de dores ou desconfortos inesperados, não se sinta impedido de procurar pela ajuda desse profissional.
Toda forma de prevenção é mais que uma necessidade, é a garantia de que você possa ter a melhor saúde bucal para a vida toda. E se você gostou desse conteúdo e quer saber mais de outros temas tão interessantes quanto, dê uma conferida em nosso artigo sobre ortodontia e descubra o que é e quais são os principais tipos, além de muitos outros textos novos toda semana!n